Para ele, os relacionamentos humanos são impulsionados por duas forças que se equilibram: individualidade e proximidade. O que Bowen percebeu foi o intenso laço emocional entre mães e filhos emocionalmente perturbados envolvia, de modo inevitável, toda a família. Havia um “apego ansioso”, ou seja, uma forma de proximidade doentia criada pela ansiedade. Nessas famílias as pessoas eram prisioneiras emocionais da maneira pela qual os outros se comportavam. A marca registrada desses relacionamentos era a falta de autonomia pessoal.

​

Bowen descobriu que as famílias humanas são uma unidade emocional. Seus membros acham-se ligados uns aos outros de tal maneira que o funcionamento de cada um deles automaticamente afeta o dos demais. Portanto, é esta unidade familiar - não mais os indivíduos que a compõem - que se torna o principal objeto do tratamento. Seja em um indivíduo, seja em um relacionamento, os sintomas emergem de processos que se desenvolvem dentro da unidade familiar. Refletem as mudanças das condições na própria família e em seu meio ambiente e não são evidência de patologias ou falhas individuais ou relacionais. O sintoma representa uma mudança no funcionamento das várias partes do sistema.